Tenente vence o câncer dividida entre uma rotina de trabalho e cuidados com os filhos
Foi durante a amamentação do filho de seis meses que a policial militar tenente Irque Figueira Lopes, de 41 anos descobriu um nódulo no seio esquerdo. O diagnóstico de câncer de mama veio um ano depois, em 2017.
Determinada a vencer o tumor, a militar optou em lidar com o câncer de “igual para igual”. Seguindo à risca o tratamento de saúde, a tenente continuou trabalhando no Quartel Geral da Polícia Militar e superou um dia de cada vez, sem vitimismo e sendo exemplo dentro e fora da corporação.
Aceitar as etapas da quimioterapia, respeitar o limite do próprio corpo e firmar um pacto diário com si mesmo de não desanimar, fez com que a policial, vestisse sua farda e saísse para trabalhar todos os dias.
A policial relembra que poucas pessoas perceberam que ela enfrentava um inimigo silencioso e as que percebiam, agiam com certo desconcerto diante da situação. “O problema maior que enfrentei foi à perda dos cabelos. Quando eu saia na rua olhavam para mim como se eu tivesse uma doença contagiosa. Algumas pessoas não sabiam lidar com a situação, falavam que meu cabelo ia cair, sentia pena. A auto-estima é bem afetada, é preciso ser muito forte. Depois disso, o processo da quimioterapia é tão doloroso que a gente quer ficar bem, já não pensa muito nos que outros acham, eu queria viver. Usava boina, peruca e as pessoas nem viam, às vezes nem percebiam. No início não falei nada para ninguém, só contei quando marquei a cirurgia para retirar o tumor, comuniquei meu afastamento medico aos meus superiores. Precisei ficar 30 dias me recuperando do procedimento cirúrgico, depois decidi enfrentar minha rotina e me manter alegre e confiante, de que venci o câncer” conta a tenente.
Vestir a farda da PM e ir para o quartel foi uma saída da policial para evitar a depressão. Se manter forte diante do câncer foi à maior missão enfrentada pela militar, mãe de dois filhos. “Eu trabalhava na Coordenadoria de Policia Comunitária e Direitos Humanos no QCG. Eu não saia para eventos, evitava andar muito. Mas todo o dia estava aqui. Muita gente chegava e falava para eu aposentar; tinha esse direito, mas nunca pensei nisso. Mas decidi ser alto astral, olhava para meus filhos e me fortalecia, sabia que eu vencer tudo isso. Eu recebi muito apoio dos meus superiores e colegas de trabalho. Cheguei fazer o Curso de Habilitação de Oficial Administrativo (Choa), fiquei em segundo lugar na capacitação, eu nunca desisti”, ressalta a policial.
Há mais de um ano sem o tumor, tenente Irque explica que o diagnóstico precoce foi essencial para vencer a doença. “Prevenção é tudo, o câncer tem cura. Depois de tudo que passei a Irque não gosta de si vitimizar. Hoje me sinto uma vencedora, como mulher, mãe e policial. Sou uma pessoa bem melhor, descobri os verdadeiros amigos, a importância de cada dia de vida. Como policial eu sei que eu posso tudo. Fiquei ainda mais forte!”, diz emocionada a militar.
Doação para o “Pelotão da Solidariedade da PM”
Sensibilizada pela Campanha da Polícia Militar “2º Pelotão da Solidariedade”, tenente Irque fez a doação da peruca que utilizou durante o tratamento contra o câncer de mama. A entrega do acessório foi prestigiada pelo Comandante – geral da PM, coronel Jonildo José de Assis que reconheceu o gesto nobre da militar.
“Você é um exemplo de superação para todos nós tenente Irque. A sua doação vai ajudar ainda mais mulheres que passam por esse momento tão delicado da vida”, ressalta coronel Assis.
Tenente Irque explica que a campanha ajuda a levantar a auto-estima das pacientes que sofrem com a perda do cabelo durante o tratamento quimioterápico. A campanha arrecada mechas de cabelo, acessórios e perucas que serão doadas para pacientes do Hospital do Câncer de Mato Grosso.
" Uma peruca é cara.Essa minha feita com meu próprio cabelo custou R$ 2 mil, imagina uma pessoa que está passando por essa situação e não tem condições de comprar uma peruca, um acessório para se sentir melhor neste periodo tão delicado. Essa campanha é muito importante, só quem perde o cabelo sabe a importância de ter um acessório desse", explica a tenente.
Tenente vence o câncer dividida entre uma rotina de trabalho e cuidados com os filhos
Foi durante a amamentação do filho de seis meses que a policial militar tenente Irque Figueira Lopes, de 41 anos descobriu um nódulo no seio esquerdo. O diagnóstico de câncer de mama veio um ano depois, em 2017.
Determinada a vencer o tumor, a militar optou em lidar com o câncer de “igual para igual”. Seguindo à risca o tratamento de saúde, a tenente continuou trabalhando no Quartel Geral da Polícia Militar e superou um dia de cada vez, sem vitimismo e sendo exemplo dentro e fora da corporação.
Aceitar as etapas da quimioterapia, respeitar o limite do próprio corpo e firmar um pacto diário com si mesmo de não desanimar, fez com que a policial, vestisse sua farda e saísse para trabalhar todos os dias.
A policial relembra que poucas pessoas perceberam que ela enfrentava um inimigo silencioso e as que percebiam, agiam com certo desconcerto diante da situação. “O problema maior que enfrentei foi à perda dos cabelos. Quando eu saia na rua olhavam para mim como se eu tivesse uma doença contagiosa. Algumas pessoas não sabiam lidar com a situação, falavam que meu cabelo ia cair, sentia pena. A auto-estima é bem afetada, é preciso ser muito forte. Depois disso, o processo da quimioterapia é tão doloroso que a gente quer ficar bem, já não pensa muito nos que outros acham, eu queria viver. Usava boina, peruca e as pessoas nem viam, às vezes nem percebiam. No início não falei nada para ninguém, só contei quando marquei a cirurgia para retirar o tumor, comuniquei meu afastamento medico aos meus superiores. Precisei ficar 30 dias me recuperando do procedimento cirúrgico, depois decidi enfrentar minha rotina e me manter alegre e confiante, de que venci o câncer” conta a tenente.
Vestir a farda da PM e ir para o quartel foi uma saída da policial para evitar a depressão. Se manter forte diante do câncer foi à maior missão enfrentada pela militar, mãe de dois filhos. “Eu trabalhava na Coordenadoria de Policia Comunitária e Direitos Humanos no QCG. Eu não saia para eventos, evitava andar muito. Mas todo o dia estava aqui. Muita gente chegava e falava para eu aposentar; tinha esse direito, mas nunca pensei nisso. Mas decidi ser alto astral, olhava para meus filhos e me fortalecia, sabia que eu vencer tudo isso. Eu recebi muito apoio dos meus superiores e colegas de trabalho. Cheguei fazer o Curso de Habilitação de Oficial Administrativo (Choa), fiquei em segundo lugar na capacitação, eu nunca desisti”, ressalta a policial.
Há mais de um ano sem o tumor, tenente Irque explica que o diagnóstico precoce foi essencial para vencer a doença. “Prevenção é tudo, o câncer tem cura. Depois de tudo que passei a Irque não gosta de si vitimizar. Hoje me sinto uma vencedora, como mulher, mãe e policial. Sou uma pessoa bem melhor, descobri os verdadeiros amigos, a importância de cada dia de vida. Como policial eu sei que eu posso tudo. Fiquei ainda mais forte!”, diz emocionada a militar.
Doação para o “Pelotão da Solidariedade da PM”
Sensibilizada pela Campanha da Polícia Militar “2º Pelotão da Solidariedade”, tenente Irque fez a doação da peruca que utilizou durante o tratamento contra o câncer de mama. A entrega do acessório foi prestigiada pelo Comandante – geral da PM, coronel Jonildo José de Assis que reconheceu o gesto nobre da militar.
“Você é um exemplo de superação para todos nós tenente Irque. A sua doação vai ajudar ainda mais mulheres que passam por esse momento tão delicado da vida”, ressalta coronel Assis.
Tenente Irque explica que a campanha ajuda a levantar a auto-estima das pacientes que sofrem com a perda do cabelo durante o tratamento quimioterápico. A campanha arrecada mechas de cabelo, acessórios e perucas que serão doadas para pacientes do Hospital do Câncer de Mato Grosso.
" Uma peruca é cara.Essa minha feita com meu próprio cabelo custou R$ 2 mil, imagina uma pessoa que está passando por essa situação e não tem condições de comprar uma peruca, um acessório para se sentir melhor neste periodo tão delicado. Essa campanha é muito importante, só quem perde o cabelo sabe a importância de ter um acessório desse", explica a tenente.