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Nota ao Excelentíssimo Governador Mauro Mendes

Nota ao Excelentíssimo Governador Mauro Mendes

Como se fosse a polícia, atira primeiro e pergunta depois

Século XXI, e, mesmo assim, temos autoridade com discurso colonialista, onde se percebe a tentativa de desvalorização do Policial Militar, parece o Velho e o Novo Mundo se defrontando com os apontamentos de uma superioridade abissal diante de uma legitima autoridade constituída de competências, de habilidades, de capacidades e acima de tudo com a determinação em enfrentar os desequilíbrios jurídicos na manutenção da paz do Estado.

Essa inversão de valores, “como se fosse a polícia, atirar primeiro e conversar depois”, foi dita pelo Governador do Estado de Mato Grosso que tem como função constitucional escolher o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, por outro lado, como dirigente político das forças militares e com a competência de um comandante em chefe da Corporação tem o dever de reconhecer os princípios legais de ação da Polícia Militar.

Porém, nesse espaço temporal da fala, ao menos em tese, demonstrou o desentendimento sobre a função da Polícia Militar e, achou que a Instituição não cumpre os princípios jurídicos que lhes são pertinentes, que são: exercer a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio, infelizmente, deixou uma impressão que uma das importantes pastas da segurança pública atua aleatoriamente sem nenhum discernimento legal, sem nenhuma formação ou sem nenhuma ética.

A fala do governador consistiu em um parâmetro de sistemas entre visíveis e invisíveis, a figura do soberano intocável e o invisível a Polícia Militar - cujas ações são designadas pelas linhas radicais, e, isso proporciona uma preocupação, se não tomarmos os cuidados necessários corremos o risco de sermos encaminhados pela linha da inexistência. Essa é uma característica do pensamento abissal entre o governador e a Polícia Militar que pode ter como consequência a incompatibilidade de ocupação do mesmo espaço, político, social, financeiro, entre governo e Polícia Militar.

Com esse discurso o governador, consciente ou inconsciente, coloca a Polícia Militar nas ações da injustiça social e da injustiça profissional, de modo que a construção da justiça social só procede do governador e não do departamento da Polícia Militar, enquanto que a justiça do Estado possui um paradigma universal, e não apenas da metrópole – governo.

Enfim, por mais radicais e dramáticas que foram as palavras ditas pelo comandante em chefe da Polícia Militar, o Excelentíssimo Governador Mauro Mendes, esperamos uma reconstrução de fala por parte do governador, pois, entendemos que pela radicalidade que essa linha abissal pode ter criado em relação a Polícia Militar possa ser reconduzida ao seu curso natural, ou seja, a representação, o compartilhamento, a adição de todos na distinção dos tempos modernos.

A Assoade – Associação dos Sargentos Subtenentes e Oficiais Adm e Esp. Ativos e Inativos da PM e BM-MT estará sempre atenta aos acontecimentos, políticos, sociais, financeiros, etc., para esclarecer, defender, representar seus associados e acima de tudo a Instituição secular denominada Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.

Assessoria da Assoade.