DIREITO DE RESPOSTA DAS ASSOCIAÇÕES DOS MILITARES ESTADUAIS DE MATO GROSSO
As Associações dos Militares Estaduais de Mato Grosso, ASSOF (Associação dos Oficiais PM/BM-MT), ASSOADE (Associação dos Sargentos, Subtenentes, Oficiais Administrativos e Especialistas PM/BM-MT e ACS-MT (Associação de Cabos e Soldados PM/BM-MT) vem a público prestar esclarecimentos sobre a matéria publicada no SITE GAZETA DIGITAL do dia 10/05/2020, intitulada “Salário de militares em MT cresce duas vezes mais que de professores”.
Achamos estranha a publicação de matéria referente os salários dos Militares Estaduais às vésperas da votação na Assembleia Legislativa de um projeto de lei polêmico onde o governador Mauro Mendes propunha REAJUSTAR O SALÁRIO E INSTITUIR VERBA INDENIZATÓRIA DE SERVIDORES COMISSIONADOS, isto é, de servidores escolhidos pelo próprio governador do Estado, por livre nomeação e provavelmente sem concurso, salvo, talvez, algumas exceções.
A publicação dessa matéria, em nosso entendimento, trouxe desconforto para a categoria dos militares, porque nos pareceu que se tratava de uma tentativa de criar um pano de fundo para justificar a aprovação pela Assembleia Legislativa de um projeto de lei fora de realidade atual do Estado, e ainda, inconveniente diante do panorama de pandemia por que passa o país e do momento delicado das finanças do Estado de Mato Grosso, além da escassez financeira da população em geral, por conta do isolamento social em detrimento do COVID 19.
Analisando a matéria em questão, verificamos que a jornalista Thalyta Amaral de forma consciente ou inconsciente tentou criar um contexto de conflito entre servidores públicos efetivos, afirmando que os militares teriam recebido reajuste salarial quase duas vezes maior que os professores, sem, no entanto, mencionar que a atual gestão do Governador Mauro Mendes não vem cumprindo com a lei complementar 510/2013, que valoriza a categoria dos Professores e promove a dobra salarial.
Em seguida, verificamos que a jornalista sem explicação nenhuma levanta uma comparação entre reajustes salariais desta vez, entre servidores efetivos e comissionados, tentando mostrar para os seus leitores, que os servidores públicos efetivos teriam recebido reajustes na ordem de 131,78%, enquanto os servidores comissionados só teriam recebido 78,20%, esquecendo-se de um fato importante, que funcionários públicos efetivos estão sempre à disposição em quaisquer situações em que o Estado se encontrar, por exemplo, militares estaduais e o setor de saúde estão à frente da situação de pandemia, enquanto os comissionados são casuais.
Ora, o que a comparação do salário de servidores efetivos e comissionados, tem a ver com o título da matéria “Salário de militares em MT cresce duas vezes mais que de professores”. Pois é, por aí, os (as) leitores (as) já começam a entender os “indícios” que falamos sobre matéria encomendada.
Enfim, entendemos a pressa do Governo Estadual em aprovar tal reajuste, ao ponto de articular convocação de deputados em um sábado, no período noturno, para a apreciação da matéria, pois caso o Governo Federal venha sancionar a PLC 039/2020, automaticamente fica impedido de fazer a concessão dos citados reajustes, o que não entendemos é uma jornalista, criar um discurso para justificar a concessão de reajuste em momento inoportuno e inviável, sendo que é papel do executivo estadual justificar esse aumento de despesas, pois, o Estado tem que concentrar todos os esforços financeiros, profissionais e sociais para o combate da pandemia da Coronavírus.
É lamentável !!!
Cel PM RR MÁRIO - Presidente da ASSOF
1º Sgt BM João Paulo - Presidente em Exercício da ASSOADE
CB PM RR Adão - Presidente da ACSMT